quarta-feira, 30 de junho de 2010

No meu estágio é normal as situações em que as crianças ficam retidas no hospital, porque os pais não tem competências, não existe uma estrutura familiar adequada, ou não existem condições adequadas por parte dos familiares ou da comunidade. Também se pode dar o caso de as crianças após serem retidas no hospital, serem mesmo retiradas às famílias, porém e segundo a Lei 147/99 esta é uma medida que deve ser utilizada como último recurso.

Desde o inicio do curso que percepciono que as crianças devem permanecer nas famílias e que as competências destas devem ser trabalhadas para que, possam acolher as suas crianças sem que estes sejam postas em perigo. Hoje no estágio deparei-me com uma situação que colocou tudo isto um bocadinho em causa, e que me fez questionar se realmente as crianças são retiradas à família apenas quando esta representa um perigo eminente. O facto de fazermos juízos de valor pode por em causa a pertinência de toda a intervenção.

Inovação Social

O que é isto da inovação social? Uma questão que coloquei a mim própria durante uma aula de Serviço Social VI, quando discutíamos o que realmente significava a inovação social.

Como eu defino inovação social? O que significa? Como o fazer? Três perguntas com as quais me interroguei. Considero que quando os técnicos procuram encontrar novas soluções para as necessidades sociais, resolver os problemas da exclusão social, da falta de qualidade de vida. È necessário encontrar novas soluções e reinventar actuais para que estas tenham mais qualidade, impacto e mais eficiência nas sociedades.

Hoje tive a plena consciência que é urgente a criação de novas estratégias e respostas para resolver os problemas sociais, especialmente nas áreas em que estes se estão a agravar, como por exemplo o envelhecimento da população, nas áreas em que os modelos actuais falharam ou estagnaram e onde há novas possibilidades que não estão a ser exploradas, por exemplo, o uso inteligente de tecnologia na área da saúde.

Ser Assistente Social prende-se com a inovação social, na nossa profissão (espero que em breve seja mesmo a nossa profissão, uma vez que ainda não faço parte desta categoria) é essencial que encontremos novas formas de resolver as situações e os problemas com os quais nos deparamos diariamente, não podemos simplesmente nos abrigar na rotina e nas soluções pré-establecidas sem ter em conta o meio e pessoa que está à nossa frente.

“A ideia de inovação social impõe-nos novas estratégias, conceitos e práticas para a satisfação de necessidades sociais.” Aníbal Cavaco Silva

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Expo Carreiras




Na próxima 6ª feira, 26/02/2010 no edificio da Faculdade de Ciências Humana da Universidade Católica Portuguesa terá lugar a expo carreiras.

domingo, 21 de fevereiro de 2010

O inicio do estágio

Sei que o texto que vós, vou passar a apresentar faria mais sentido ter sido publicado, há 4 meses atrás altura em que iniciei o meu estágio no Hospital Fernando Fonseca. Porém, tal justifica-se porque só agora criei este blog.

No dia 5 do passado mês de Novembro foi o meu primeiro dia no Hospital. Apesar de já o ter visitado várias vezes por diferentes motivos e razões, agora era tudo novo. Afinal o objectivo pelo qual ali estava era completamente diferente, tudo era novo os serviços, as pessoas e até o hospital. Via-o de uma perspectiva diferente.

Os problemas dos utentes com os quais me deparei eram diferentes do estágio anterior, já estava preparada para que não fossem iguais uma vez que as problemáticas eram completamente diferentes, já para não falar na população. No ano anterior tinha estado numa clínica psiquiátrica, Casa de Saúde do Telhal, e agora estava num hospital no Serviço de Pediatria que em tudo é diferente.

O facto de desde o inicio ter de escolher uma área para trabalhar durante o estágio, permitiu-me desde logo começar a pesquisar e entender melhor o serviço e a sua dinâmica. Tive de perceber o que era o Protocolo da Criança Mal Tratada, se eram exclusivos daquele hospital ou comuns a todos os outros, quem faz a triagem dessas situações de maus tratos, qual o encaminhamento que a Assistente Social deve dar a esses casos. Pude acima de tudo entender que cada caso tem uma especificidade e que não devem ser tratados de forma pré-definida.

A primeira situação de maus tratos, foi complicada para mim de gerir, era uma criança vítima de violência física que tinha sido levada para o hospital pela escola, uma vez que tinha verbalizado que a mãe lhe tinha batido porque este se tinha portado mal na escola. A minha primeira reacção, mesmo que um inconsciente, foi censurar a mãe, afinal quem é que bate numa criança? Quando finalmente fizemos a entrevista à mãe comecei a perceber que não era tudo tão assim simples como pensava. Esta mãe estava realmente desesperada e não sabia o que fazer ao filho.


Esta primeira situação marcou-me e permitiu que eu entende-se que nem sempre é tudo assim tão linear, a minha censura mesmo que inconsciente tem de ser controlada, o que por vezes é muito difícil.

O meu percurso até ao Serviço Social

Com este post o que eu pretendo é explicar um pouco de como decidi tirar o curso de Serviço Social e como tem sido o meu percurso na faculdade.

Desde muito nova que queria ser Assistente Social, é lógico que ao inicio não percebia muito bem o que era a profissão, sabia mais ou menos que iria ajudar pessoas, mas não entendia muito bem os fundamentos, até que uma prima minha que na altura estava a tirar o curso me explicou o que era na realidade ser Assistente Social e fiquei fascinada soube desde logo que era aquilo que queria fazer. A partir daí pesquisei mais acerca do curso, quais as universidades, quais as cadeiras…

Quando finalmente entrei na Universidade Católica estava deslumbrada, as pessoas, os professores, os colegas, era tudo novo, quando me começaram a dizer que logo no primeiro ano iríamos fazer várias visitas a instituições, fiquei super ansiosa, queria passar à prática, queria saltar da teoria para finalmente entender na realidade o que era isto de ser Assistente Social.

O primeiro estágio, na Casa de Saúde do Telhal, foi choque diga-se positivo. Nos primeiros tempos foi um pouco difícil a minha integração, encaixar-me nas dinâmicas da instituição e ganhar o meu espaço enquanto estagiária da instituição.

O estágio deste ano em tudo está a ser diferente do ano passado, desde a integração que teve de ser muito mais rápida, uma vez que o meu estágio começou mais tarde, até a minha intervenção. O ano passado tinha muito menos ferramentas que este ano, logo o estágio vai desenvolver-se de maneira diferente.

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

O Porquê do nome...

A ideia para o nome deste blog surgiu após uma aula de Serviço Social V, Serviço Social de grupos. Discutíamos sobre o facto de poder existir uma relação sem interacção. Na minha modesta opinião, tal, não será possível, só considero que existe na realidade uma relação quando os membros interagem entre si de forma a se conhecerem e a partilharem as suas experiências.
O mesmo acontece dento dos grupos, só existe um grupo, só é coeso se permanecer interacção entre os seus membros.
É o que pretendo com este blog, para além de reflectir sobre o meu estágio, reflecir também sobre as reacções que tenho em certos momentos, a razão pela qual estou a agir daquela forma e não de outra e de que forma estou a establecer uma relação com os outros.